Apesar de serem três, o povo, por meio de lendas e folclore, uniu-os em um, que ficou conhecido como São João Maria, considerado na época o monge dos excluídos. Estão historicamente unidos de tal forma que muitas vezes é difícil separar seus feitos e suas vidas.
Tinham em comum o fato de viver em épocas de grandes mudanças sociais, quando a assistência médica e a educação tinham pouca penetração no interior do país, e o aconselhamento embasado na religião, a cura por ervas, água e milagres eram os únicos recursos acessíveis da população carente e pouco assistida. Os humildes encontraram neles apoio para enfrentar a penúria e a desesperança do final século 19 e início do século 20.
Conta-se as lendas que ele poderia estar em dois lugares diferentes, como também se postar orando em sua gruta, ao lado de um doente que invocava por ele; que podia ficar invisível aos seus perseguidores; que podia atravessar a pé sobre as águas dos rios; que suas cruzes cresciam 40 dias após o monge tê-las levantado; que o monge era imune aos índios e feras; que fazia surgir nascentes nos lugares onde dormia.
Em Bocaina do Sul, encontramos a estátua de São João Maria de Agostini na comunidade de Areião. O Monge que agregava o modo de vida eremita passou pelo município e segundo relatos de moradores locais ele andou por aqui praticando a cura, profecias e o aconselhamento as pessoas com quem teve contato, criando assim a admiração e o respeito do povo local.
Entre muitas de suas profecias, podemos descrever, “tenho pena das pessoas que virão depois de nós, já que haverá muitos rastros e pouco pasto”, “uma estrada preta (asfalto) irá matar muitas pessoas todos os anos”, “Besouros de asas de ferro (aviões) serão os mais perigosos, já que deixarão as cidades por terra”.
Após anos praticando profecias e a cura através de ervas, sumiu misteriosamente sem deixar vestígios.
Textos e fotos gentileza da Prefeitura Municipal.